Aprendendo gestão jogando xadrez

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O jogo do Xadrez é notoriamente visto como o jogo de estratégia que melhor fundamenta a parte teórica da gestão. Por isso, a Imprima Rápido está te preparando uma série de posts falando sobre gerenciamento estratégico a partir de elementos do jogo. Para começar, vamos passar algumas ideias apenas analisando um dos mitos da criação do Xadrez.

Havia em uma província indiana chamada Taligana, um riquíssimo Rajá em constante depressão causada pela perda de seu filho.

Para animá-lo, um Brâmane chamado Lahur Sessa criou um jogo de tabuleiro que simulava as situações da guerra. As peças simulavam a infantaria, cavalaria, carros de combates, e a peça mais importante era o próprio Rajá. Nascia, assim, a versão mais primitiva do Xadrez.

A verdade é que está história tem sabor de lenda, de mito. Foi mais famosamente contada por Malba Tahan, escritor e matemático, em seu famoso livro O Homem que Calculava. A história ainda narrava que depois de receber o jogo, o Rajá disse que entregaria ao Brâmane, criador do jogo, a recompensa que lhe agradasse.

O inventor respondeu que ele pegasse o tabuleiro, e calculasse um grão de trigo pela primeira casa, dois pela segunda, quatro pela terceira, oito pela quarta e assim sucessivamente até a última casa. Eram 64 casas, não parecia muito para Rajá.

Mais tarde, na hora de pegar, os sábios da província fizeram a conta e descobriram que nem em 2000 anos o reino conseguiria produzir aquela quantidade de trigo. Eles não sabiam fazer a conta da potência, onde 2 elevado a sexagésima quarta casa resultaria em uma dívida de quase 18 e meio quintilhões de grãos (um número com vinte dígitos).

Vamos analisar ponto a ponto dessa história. Qual a motivação dela? A depressão de um poderoso Rajá, que não estava permitindo ele trabalhar direito, pois não se sentia motivado. A solução foi encontrado da maneira mais lúdica possível: criando um jogo.

Quantas vezes buscamos soluções para a equipe – ou até mesmo para nossos clientes – da forma mais sólida possível,e no fim a encontramos em algo leve e “brincante”?

Mas veja bem, essa solução lúdica não era descabida de sentido ou de contexto: o jogo brincava com o ofício da pessoa interessada.

Ai seguimos para a negociação. O Rajá era um homem muito rico, e isso fez ele entrar com arrogância na discussão. O Brâmane sobe aproveitar isso com inteligência, e colocou algo absurdo que acabou sendo aceito. O erro do Rajá foi não analisar profundamente o que estava prometendo. Quantas vezes nós não acabamos oferecemos mais do que podemos entregar?

Pense nisso! Semana que vem voltamos com mais tópicos de gestão a partir do Xadrez. Até a próxima.

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